Recolha seletiva cresce 16% no primeiro trimestre

Autor: Rita Vasconcelos Rebelo / 28 de Abril de 2020

A recolha seletiva de resíduos aumentou nos primeiros três meses do ano 16,11%, enquanto a indiferenciada decresceu 1,15%, reflexo de uma maior consciência das populações que em simultâneo produzem menos resíduos perante o cenário de pandemia pelo COVID-19 que estão a viver.

De janeiro a março, o papel/cartão é o resíduo que as pessoas mais separaram para reciclagem (1056,4 toneladas), seguindo-se o plástico/metal (743,1 toneladas) e por fim o vidro (507,1 toneladas). Os resíduos verdes/jardinagem, por turno, atingem 2899,7 toneladas.

Aguarda-se uma quebra de resíduos a descarregar no Ecoparque da Ilha de São Miguel até ao verão, fruto do confinamento social determinado pelo estado de emergência que fez parar diversos setores de atividade económica nos seis concelhos, entretanto limitados por cercas sanitárias. Aliás, a recolha de resíduos na primeira quinzena do mês de abril, assistiu já a uma baixa homóloga de 16%.

De salientar que as recolhas seletiva porta a porta e a indiferenciada mantêm-se sem qualquer alteração ao nível dos horários. Adverte-se, contudo, para alguns cuidados a ter com os resíduos produzidos em casa.

De sublinhar igualmente que, de acordo com instruções da Direção Regional do Ambiente, no caso de se encontrar em isolamento profilático/hospitalização domiciliária ou em quarentena, todos os resíduos devem ser colocados em sacos de plástico resistentes e descartáveis, sendo borrifados com lixívia a cada deposição.

Ter o cuidado de não encher totalmente o saco, de modo a conseguir fechar bem e borrifar por fora com lixívia novamente. Colocar, entretanto, dentro de um outro saco, devidamente fechado, depositado no contentor dos resíduos indiferenciados ou à porta de casa no dia da respetiva recolha, ao fim de 72 horas.

Todos os resíduos recicláveis são colocados em quarentena antes de triados não só para segurança dos colaboradores que operam no Centro de Triagem Automatizado, como por razões de saúde pública, evitando a propagação do novo coronavírus.