Todo o cuidado é pouco na separação de resíduos

Autor: MUSAMI / 12 de Novembro de 2021

Se é verdade que se assiste a um aumento da taxa de separação de resíduos nos últimos anos, também se verifica algum nível de contaminação que pode inviabilizar a sua reciclagem. Isto muitas vezes por desconhecimento dos consumidores. Sempre que tiver dúvidas, partilhe connosco, mas nunca deixe de separar.

Todos sabem que o contentor amarelo é destinado ao plástico/metal, o azul para o papel/cartão e o verde para o vidro. Mas há ter atenção aos materiais que não são recicláveis.

Por exemplo, nem todo o plástico é reciclável. Em Portugal, o sistema de reciclagem encontra-se preparado apenas para receber embalagens de plástico. Geralmente estão muito bem sinalizadas nas próprias embalagens, uma das regras a que os seus produtores são inclusivamente obrigados, de forma a esclarecer melhor os consumidores. O papel contém algumas exceções.

Em primeiro lugar, não é necessário lavar as embalagens, pois aí estará a desperdiçar água, recurso imprescindível, escasso e esgotável, que requer diversos cuidados da parte do Homem no que toca ao seu uso. Este é mais um contributo que pode fazer toda a diferença no futuro. Isto refere-se tanto a embalagens de de plástico como de metal e vidro.

Também é desnecessário retirar tampas e rótulos das embalagens plásticas e de metal. Como pode constatar, separar os resíduos é um processo muito simples. A dada altura é praticamente intuitivo, sobretudo se mantiver uma consciência verde em relação ao mundo que o rodeia. Uma questão de generosidade e uma forma de retribuir para com o que a natureza já lhe oferece como o oxigénio que necessitamos respirar.

E há solução para quase todos os resíduos! E quando não sabemos, sempre podemos dirigir-nos às entidades competentes e capacitadas tecnicamente para melhor esclarecer as suas dúvidas.

Em relação aos têxteis, sempre pode depositar num contentor disponível em cada concelho da sua área de residência na ilha de São Miguel, aqueles que se encontram em boas condições de doação. caso contrário, não havendo hipótese de reutilização, deverá colocar no indiferenciado, não nos ecopontos, como se constata no Centro de Triagem Automatizado, onde vão parar muitas vezes peças de vestuário depositadas nos contentores amarelos e azuis.

Medicamentos que se encontram fora do prazo de validade, deverão ser entregues às farmácias que fazem o respetivo encaminhamento. São considerados resíduos perigosos. Inclusivamente as caixas de medicamentos são consideradas resíduos perigosos, e como tal, devem ser depositadas no indiferenciado ou nas farmácias. O mesmo em relação às embalagens de vidro como os casos de frascos de xarope.

Os resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos podem ter sempre uma solução antes do seu descarte. Passa essencialmente por tentar reparar o equipamento. Um gesto sustentável que deveríamos imprimir em todos os aspetos das nossas vidas: aumentar a sua capacidade de vida útil. É uma atitude de sustentabilidade ambiental ao mesmo tempo que poupa na carteira. Solução inteligente que protege o planeta Terra da delapidação dos recursos naturais.

E nem todo o papel é reciclável. É o caso dos guardanapos, das caixas de pizza com muita gordura (que inviabiliza a sua reciclagem), sacos de cimento (considerado um resíduo perigoso), papel autocolante, papel higiénico, cartão molhado, papel de cozinha, fraldas, cartão com orgânicos, embalagens de cartão para alimentos líquidos (devem ser colocadas no ecoponto amarelo).

O contentor azul é muito sensível á contaminação que rapidamente pode inviabilizar a reciclagem do material. Todos os dias são descarregados resíduos provenientes do ecoponto azul que nada têm a ver com materiais para reciclagem de papel/cartão ou não são recicláveis mesmo. São eles: madeira, pedras, tampas de café, orgânicos, resíduos hospitalares, sucata, pilhas, plástico rígido, diversos tipos de plástico, vidro, resíduos verdes, espumas, plástico misto industrial, fios de cobre, embalagens ferrosas e não ferrosas. É verdade que a triagem existe, mas até chegar ao processo final, os materiais poderão perder propriedades essenciais para a efetiva reciclagem. 

No que respeita ao contentor verde, assiste-se igualmente a alguma contaminação. Vidro de lâmpadas, copos, pirexs, não são recicláveis e não deve ser colocados no ecoponto. São vidros com características diferentes dos utilizados na produção de garrafas e frascos. Quanto mais informados estivermos, melhor separamos os resíduos, cientes que estamos a contribuir para o seu melhor destino final.

Embora o contentor amarelo seja mais versátil pelos diversos tipos de plásticos existentes recicláveis, assimo como os metais ferrosos e não ferrosos, também se detetam erros ao nível da deposição que não só dificultam a sua triagem através da leitura ótica e manual, podem destruir ou avariar equipamentos. Aqui encontramos os seguintes materiais: madeira, pedras, têxtil, papel de cozinha, fraldas, plásticos hospitalares, resíduos de equipamento elétrico e eletrónico, vidro, sacos não embalagem, cordas, rolhas, seringas que constituem um perigo para a saúde dos operadores.

Contamos com todos para separar mais resíduos e melhor, contribuindo para uma causa universal. No site da MUSAMI, em https://www.musami.pt/eduambiental/triagem, pode encontrar a lista dos materiais recicláveis. E qualquer dúvida, contacte-nos!